5 de mar. de 2009

Porta-aviões de Lego

Eu pensava que era gênio quando fazia meus castelinhos de Lego. Daí, eis que me deparo com um ser que me fez sentir a criança mais frustrada do mundo:











hello-o? Nunca fiz nada SEQUER PARECIDO com isso. Nem vou fazer, que fique claro.


12 de fev. de 2009

É você?

Você já perdeu uma foto sua? Esqueceu um photoboot na pressa?
Descartou um amante? Se sim, você pode estar aqui.

isthisyounewEssa é a descrição do projeto Is This You?, site inglês que reúne fotos encontradas nas calçadas do Reino Unido. O projeto nasceu da vontade de responder a questão "É possível retornar essas fotografias a seus donos?". A idéia é que as pessoas ajudem enviando a url para quem conhecem - o velho boca-a-boca, de maneira que uma hora alguém se reconheça e entre em contato com o site.

Além das fotos, há uma página chamada Is This Yours?, que reúne pequenas anotações e bilhetes, fragmentos de papéis colecionados também pelos criadores do site.

Nos links do Is This You há ainda o blog do Dave, um dos colecionadores, que mostra seus novos achados e fotos que já chegaram a seus donos por meio dos sites, o fotolog oficial do projeto e algumas páginas com idéias semelhantes. Vale a pena correr lá pra ver. :)

Eu, terapias alternativas e a busca por cores no Flickr

Esses dias, numa das minhas "trombadas" rotineiras (é, voltei ao vício do StumbleUpon!) me deparei com o Multicolr Search Lab. De princípio, fiquei com um ar de interrogação - não durou quase nem um segundo: a paleta de cores me chamou e lá fui eu, correndo, direto pro meu verde favorito. Aí sim eu me apaixonei pela ferramentinha mágica.


O Multicolr Search Labs - parte do Idée Labs, um projeto de tecnologias de busca visual - é uma ferramenta que permite que você busque entre 10 milhões de fotos (distribuídas em Creative Commons no Flickr no conceito 'interesting') por meio de suas cores. Sim, você vai escolhendo as cores (pode-se selecionar de 1 a 10 por busca) e a ferramenta vai trazendo as imagens que são compatíveis com sua escolha.
Para ver uma imagem no tamanho natural, basta clicar nela e você vai parar em sua página original, no Flickr. Sensacional tanto para quando você tem um projeto em mente e procura imagens em tons específicos, quanto para relaxar (passear pelo Flickr é a viagem mais terapêutica que existe, believe me!).

Aliás, para quem gosta de relaxar passeando pelo Flickr, uma dica: dentre as muitas páginas que exploram o conceito de "interestingness" do site, uma das mais interessantes que encontrei foi o Endless Interestingness. O nome diz tudo: a página não tem fim. Não importa em que direção você aponta seu cursor, sempre haverá mais e mais fotos aparecendo - lindas fotos, por sinal. Vale a pena dar uma olhada quando você tiver um tempinho livre (é, se você, como eu, ama fotografia, vai perder facilmente a noção do tempo enquanto navega pela página 'infinita').

5 de fev. de 2009

Maria Solidão


- É daqui que sai o ônibus que vai para o Pacaembu?


Quem, na saída de uma missa, vê a sorridente senhora de 73 anos perguntando, animada, onde pegar um ônibus, não imagina a sua vida triste. Maria Alaburda Katsus é descendente de lituanos. Seus pais vieram para o Brasil por conta própria, como imigrantes, iludidos com a idéia de que aqui “pão dava nas árvores”, fugindo da crise instaurada pelas constantes mudanças na Lituânia antes mesmo de ela nascer. Assim que chegaram aqui, tiveram uma surpresa. Ao contrário das promessas de uma vida maravilhosa, tudo que a família Alaburda encontrou foi pobreza e morte: os três filhos adoeceram e ficaram internados por um tempo no hospital Emílio Ribas – mas não adiantou: morreram um a um, deixando apenas Marianna, sua mãe, na época grávida de um menino, e Miguel, seu pai. “Muitos de nós perderam seus filhos com a imigração. Doenças... Não sei. Mas a maioria das criancinhas morria, era muito comum. Meu último irmãozinho morreu nos meus braços... Foi triste!”.

Os pais de Maria foram morar na Moóca, numa casa de dois cômodos que dividiam com várias outras famílias. Miguel trabalhava carregando vagões de sacas de café na Lapa. Viviam da distribuição alimentícia da prefeitura, que na época mandava caminhões para não deixar que as pessoas morressem de fome. “Quase ninguém tinha dinheiro, então a prefeitura passava com os caminhões na rua pra distribuir comida pro povo; então eles pegavam as panelinhas pra pegar comida da prefeitura”.

Mas a miséria não durou para sempre. Um dia, enquanto seu pai trabalhava carregando sacas, aconteceu um incêndio no prédio do depósito e ele desabou. Miguel não hesitou ao ver os amigos nos escombros: “Ele pegava sacas vazias de café, encharcava na água, punha nas costas e ia puxar os amigos. Foi quando ele se feriu e ficou 13 meses internado lá na Santa Casa – a mesma época em que eu nasci”. Arriscar a vida pelos amigos valeu a pena. Dentre as vítimas, estava o Interventor de São Paulo, Fernando Costa, que, agradecido, foi ao hospital atrás de Miguel oferecer ajuda. O que o lituano pediu? Um emprego para ele e para a esposa. O interventor providenciou suas naturalizações e deu a eles o emprego pedido. Trabalharam lá até o fim da vida.

O emprego dos pais abriu as portas para Maria na Secretaria da Agricultura. Ela trabalhou lá sua vida inteira, como secretária. Há alguns anos, entrou com a aposentadoria. De lá, guarda muitas histórias que diz preferir nem comentar - "A política é uma coisa muito suja, muito sem escrúpulos", suspira , com ar de quem sabe do que está falando.
Maria cresceu no meio da comunidade lituana de Vila Zelina. Conta que, muitas vezes, os imigrantes juntavam-se todos numa casa só e cantavam, felizes, velhos hinos de sua terra. O catolicismo, imperante dentre eles, é que a faz seguir em frente até hoje: é brigada com o filho, que não fala mais com ela, nunca casou-se de novo e não tem mais parentes vivos. Mas está todos os domingos na missa da Igreja de São José da Vila Zelina, participa ativamente da arrumação das festas e quermesses de lá, e ainda arruma tempo para reivindicar consertos e limpeza pelo bairro. Mas o que a faz mesmo contente, e isso pôde-se perceber ao conhecê-la, é estar com outras pessoas e ser ouvida. A única casa no meio de muitas agências de automóveis da região fica na esquina entre a Avenida Anhaia Mello e a Rua Taberoé e guarda uma senhora cheia de feridas que a vida deixou, desde a vinda dos pais para o Brasil, até hoje.


Maria solta repetidas vezes expressões como "Se minha netinha estivesse viva...", "Se meu filho viesse me visitar mais vezes", "Eu gostaria de ter mais pessoas por perto" - mas nunca se mostra completamente abalada: "A igreja é como uma família pra mim. Adoro cozinhar nos eventos. Sabia que a barraca lituana é a que mais vende comida na quermesse?". E é assim que ela se despede, sorrindo e convidando a todos para comer de sua comida na próxima festa junina.

2 de fev. de 2009

Campus Party e Mundo Absurdo

Da Campus Party 2009 eu trouxe pra casa (além de uma barraca da Telefonica, uma mochila e alguns panfletos/bottons) a certeza de que no ano que vem quero estar lá acampada, a semana toda, pra não perder o melhor de todos os dias. Ou (e aí vem a vontade mais coerente) empregada, de modo a cobrir o evento, não só participar dele. É, porque eu confesso que chega uma hora em que você entra em desespero lá dentro se não estiver trabalhando. Trouxe também uma lista de micos que eu prefiro nem comentar. Um deles, sobre o qual eu reclamei enquanto acontecia o evento, foi o de ter passado no streaming do Rafael Losso, da MTV, ao vivo, na quarta-feira, dia 21, falando besteira o dia inteirinho. Qual não foi minha surpresa, um dos trechos do stream (mais precisamente a minha apresentação) apareceu na edição de imagens deles pro videocast especial que saiu agora, dia 29. Quer dizer, eu falei milhares de abobrinhas, fiz cara de brava e, sobretudo, SUPER divulguei o Vitroleiros. Na edição eu falo meu nome e o endereço do lovemaltine, só. hahaha. Uma beleza.


Foto por Alexandre Fugita Ainda em Janeiro, no Bar do Santa, na Vila Madalena, conheci com outros blogueiros um Mundo de Absurdos. Pois é, um tal de entrar de costas, revistar o segurança, trocar oi por tchau, tomar chopp na xícara e água na tulipa... Tudo isso pra mostrar a nova campanha da Oi, Liberdade Total, que, a partir de quarta passada, aboliu a fidelização, isto é, não cobra mais multa do cliente quando ele quer desistir do contrato com a operadora.




Mas o maior absurdo de janeiro foi, sem dúvidas, não ter produzido nada de útil. Eu estava ainda presa à estafa de 2008, e tudo que consegui foi dormir, comer e, muito raramente, dar umas saidinhas. Não repetirei o erro durante o resto do ano: Fevereiro está só começando e eu voltarei a escrever no Vitroleiros, darei uma movimentadinha no Lovemaltine, e, sobretudo, levarei duas faculdades por mais um semestre, pedindo graça a Deus todos os dias. Hahaha.

1 de fev. de 2009

Ano novo, blog novo.

Começo o blog com o maior clichê do mundo. É, afinal, quantas vezes eu mesma já não comecei outros blogs com essa justificativa, às vezes estapafúrdia, de que um ano novo pede um novo blog? Ademais, hoje é dia 1 de fevereiro, what means: o ano já nem é mais tão novinho assim.

Vou explicar: Já estou de domínio comprado há algum tempo (um tempão!), mas só agora eu consegui sentar e falar "bora começar!". Janeiro foi um mês até que bastante movimentado esse ano. Teve a Campus Party, em que eu tive o prazer de conhecer pessoalmente pessoas que já faziam parte do meu dia-a-dia virtual faz um tempão, assistir a algumas palestras que me deram a certeza do que eu realmene quero fazer da minha vida e ter conversas decisivas que, inclusive, têm lá algum mérito na criação desse blog. Se a idéia já existia, digamos que esses papos foram os "empurrões", tão necessários às vezes.